Artigo: Autismo

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Por:Arthur Micheloni

Nessas próximas duas semanas, entraremos mais a fundo em um assunto que está em alta na nossa cidade, porém é pouco conhecido e esclarecido entre muitos, o autismo.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno no desenvolvimento neurológico da criança que pode gerar dificuldade ou ausência de interação social, alterações na comunicação e mudanças no comportamento.

Crianças que sofrem com isso desenvolvem um mau funcionamento neural, ocasionando faltas de habilidades em padrões de interação social, ou seja, dificuldade em se comunicar e interagir com outras pessoas, tem interesses restritos, repetitivos e estereotipados (como, por exemplo, algum movimento corporal repetitivo ou aficionado por algo); limitando assim, seu desempenho normal na atividade diária e em tudo ao seu redor.

A causa ainda não é definida, mas sabe-se que é diversificada e muito complexa, por tanto, pode variar de uma criança para outra. Alguns estudos citam que alguns fatores biológicos e outros ambientais como infecções virais, complicações obstétricas, consumos de produtos nocivos durante a gravidez e outros, desempenham um papel muito importante, interagindo junto e afetando o cérebro em desenvolvimento. No entanto, saber como os cérebros dessas pessoas funcionam ainda é um mistério para a ciência.

Á algum tempo o autismo era considerado como uma condição rara, que atingia uma em cada duas mil crianças. Recentemente foi publicada uma pesquisa nos EUA onde foi apontado que uma a cada quarenta e quatro crianças nascem com TEA.

Graças à aplicação de testes clínicos existentes, como o questionário de verificação do autismo em crianças pequenas (M-Chat) e junto com informações fornecidas por escalas de desenvolvimento infantil para observação direta do comportamento da criança e informações frequentemente fornecidas pelos familiares e outros profissionais, pode ser detectado nos primeiros meses de vida. Essas ferramentas ajudam, mas é necessário continuar realizando outros testes de rastreio de desenvolvimento e biomédicos para determinar um diagnóstico. É importante lembrar que esse transtorno pode ser identificado em idades posteriores.

Na próxima semana, falaremos um pouco mais sobre o autismo, esclarecendo os sintomas, os tipos e graus e como é feito o tratamento.

* Arthur Micheloni é Fisioterapeuta, pós-graduado em Osteopatia, Ortopedia e Traumatologia, pós-graduando em Fitoterapia, discente e adepto da Medicina Integrativa e graduando em Nutrição – e-mail: [email protected].

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas nacionais e mundiais e de refletir as distintas tenências do pensamento contemporâneo.

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